Cheguei em Melbourne em um dos finais de semana mais movimentados do ano. Dia da Grand Final da Liga de futebol Australiano, o esporte mais popular do país que é uma mistura de rugby, futebol americano, e futebol. Os vermelhos de Sydnei X Os amarelos de Melbourne. A cidade estava toda colorida e o clima colaborou para deixar o final de semana ainda mais agradável.

Torcedor exibindo as cores dos dois times… qualquer semelhança com meu amigo Jae é pura conhecidência!
De tudo que vi em Melbourne, uma cidade de 4 milhões de habitantes, foi a relação que a população tem com a bicicleta o que mais me chamou a atenção. É incrível a quantidade de pessoas que usa a bike no dia-a-dia! Tudo bem que o clima é ameno na maior parte do ano, e a cidade é praticamente toda plana, isso contribui bastante! Mas o mais incrível é que se pode chagar a qualquer lugar da cidade por ciclovias ou ciclofaixas. Os ciclistas respeitam as leis de trânsito e são respeitados pelos motoristas, seja de carro, ônibus ou caminhão. Aqui, a ordem de preferência é pedestre, ciclista e automóvel… e funciona! Todo mundo cumpre o seu papel! Pedestre só atravessa na faixa e com o sinal verde, ciclista desmonta para cumprir um trecho estreito compartilhado ou quando a via está sofrendo reparos. Motorista usa a ceta, e sempre da preferência na conversão do ciclista que por sua vez da preferência ao pedestre.
Além de tudo isso, as ciclovias são excelentes! Tudo bem que caí em uma valeta e tive um prejuízo com a roda… mas voltei ontem no local para conferir. E confesso que a culpa foi minha! O trecho estava em obras e havia várias placas no local sinalizando… a paisagem me tirou a atenção. Toda vez que é preciso cruzar uma rua, as conexões entre rua e calçada são suaves, e não existe aquele soco ou se quer um pequeno desnível que possa causar danos ou desconforto ao ciclista. Quase não existe remendo no piso e toda vez que a via é compartilhada com carros ou pedestres, tem uma placa alertando.
Como minha bike está esperando uma roda nova, fiz mais de 10 km andando pela ciclovia a beira do Rio Yarra, rio que corta a cidade, que liga o bairro de Hawthon (onde fica a cede e é o nome do time da cidade que venceu a final), onde estou hospedado, até o centro. Um verdadeiro espetáculo! Foi inevitável fazer a comparação com a ciclovia do Rio Pinheiros em São Paulo.